quarta-feira, 30 de março de 2011

Recomendações de exercícios físicos

   Muitas pessoas confundem ou desconhecem os benefícios da atividade física. A atividade aeróbica melhora a função pulmonar e cardíaca, diminui a glicemia e o colesterol ruim, eleva o colesterol bom (HDL), previne doenças como Infarto, DM2, AVC (isquemia) e certos tipode de câncer. A atividade anaeróbica ou resistida, mais conhecida como musculação, tonifica os músculos, diminui o risco de osteoporose, quedas ou fraturas.
# RECOMENDAÇÕES GERAIS:
   Realização de pelo menos 30 minutos de atividade leve a moderada de forma contínua ou acumulada na maioria dos dias da semana, incluindo mudanças do cotidiano. Por exemplo: subir escada, usar menos o meio de transporte para locomoção, tornar as atividades de lazer mais ativas.

# RECOMENDAÇÕES INDIVIDUALIZADAS:
1) Exercício aeróbico: caminhada, ciclismo, corrida, natação, dança, etc.
   De 3 a 5x/semana, de 30 a 60 minutos contínuos e intensidade moderada (conseguir falar durante a atividade ou 50-70% da frequencia cardíaca máxima)
2) Exercícios resistidos: com peso (musculação) podem ser realizados em associação com os exercícios aeróbicos.

Fonte: Manual de Procedimentos em Nutrologia

domingo, 27 de março de 2011

NUTROLOGIA E A SÍNDROME METABÓLICA (SM)

   A SM é a doença endócrina mais comum da atualidade e tem sua importância pela relação direta com o risco de doença cardiovascular, levando a um aumento da mortalidade geral em 1,5 vez. Ela vem crescendo em todo o mundo não só em adultos como também em crianças e adolescentes.
   Existem fatores como a predisposição genética, mas é necessário um ambiente desfavorável - como alimentação inadequada e sedentarismo - para que indivíduos geneticamente predispostos desenvolvam a síndrome.
   O diagnóstico é baseado em alguns critérios, que podem variar conforme a entidade definidora (OMS ou NCEP-ATP III, entre outras). Conforme o NCEP, a presença de 3 ou mais dos seguintes critérios diagnostica a SM:
# Circunferência abdominal > 102 em homens ou > 88 em mulheres
#Triglicerídeos > 150
# HDL < 40 em homens ou < 50 em mulheres
# Pressão arterial > 130/85
# Glicemia de jejum > 110
   Resumidamente, pode-se afirmar que pacientes obesos, hipertensos e com dislipidemia (todas já comentadas no blog) podem desenvolver a Síndrome Metabólica.
   Alguns fatores estão associados à síndrome, mas não fazem parte de seus critérios diagnósticos, como aumento do ácido úrico, doença hepática gordurosa não - alcóolica(esteatose), síndrome dos ovários policísticos, tabagismo, sedentarismo, doença cardíaca e acidente vascular encefálico (derrame/isquemia)
   O tratamento inclui, primeiramente e principalmente, modificação comportamental. A terapia de escolha consiste na perda de peso por meio de uma dieta adequada combinada com atividade física regular. Isso levaria à diminuição da circunferância abdominal, com melhora da glicemia e dos fatores de risco já citados. Paralelamente deve-se tratar a hipertensão, a dislipidemia, a diabetes e a obesidade com medicações específicas, se necessário.

segunda-feira, 21 de março de 2011

OBESIDADE

   Segundo o Consenso Latino- Americano, a Obesidade é uma doença crônica com característica de pandemia, que diminui a expectativa de vida da população de todas as idades. Trata-se de uma doença endócrino-metabólica, com forte base genética, que se manifesta quando se associa os fatores do meio ambiente, tais como alimentação hipercalórica e/ou hipergordurosa e sedentarismo.
   O diagnóstico da obesidade inclui o peso corporal, o IMC (índice de massa corporal) e a circunferência abdominal. Pode-se avaliar a quantidade de gordura corporal através da Bioimpedância elétrica, onde um aparelho transmite ao paciente uma corrente elétrica através de 2 ou 4 eletrodos colocados de um lado do corpo. Também pode-se verificar a porcentagem de gordura através das pregas cutâneas.
   O aumento do peso corporal aumenta os riscos de desenvolvimento de Hipertensão (HAS), doença cardíaca, dislipidemia, Diabetes tipo 2, apnéia do sono, osteoartrite, infertilidade e alguns tipos de câncer.
   O tratamento proposto é dieta hipocalórica combinados com 30 min de atividade física de intensidade moderada e medicamentos específicos se necessário. O tratamento é difícil e lento e a terapia comportamental (atendimento psicológico semanal, individual ou em grupo, por 6 meses ou mais) pode ser de grande ajuda.
   Após atingido o peso ideal, são necessárias medidas para evitar o ganho de peso durante a fase de manutenção, tais como: manter dieta hipocalórica, automonitoramento do peso e alimentação, atividade física regular.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Dislipidemias - Alteração de Colesterol

   O termo DISLIPIDEMIA se refere a alteração do perfil lipídico, que inclui 4 tipos de "gorduras" (chamados lipídeos) : o Colesterol total, o Triglicerídeos, o HDL (bom colesterol) e o LDL (colesterol ruim).
Quanto mais alto o nível de LDL, maior o risco de doença cardíaca e cerebral (Infarto e isquemia) e quanto maior os níveis de HDL menor este risco. Isto porque o LDL se fixa nas paredes das artérias, formando placas de colesterol, podendo entupi-las e o HDL retira estas placas depositadas.
   Pacientes com altos níveis de triglicerídeos estão sob risco de pancreatite.
  Existem muitos fatores genéticos envolvidos, mas outras doenças ou fatores afetam o metabolismo dos lipídeos, entre eles: Obesidade, sedentarismo, diabetes, uso de bebidas alcóolicas, doença da tireóide, cirrose, uso de algumas medicações (corticóides).
   A maioria dos pacientes com alteração lipídica não apresenta sintomas, sendo diagnosticados através de exames de check-up.
   O tratamento inicial abrange dieta (que pode diminuir os níveis de colesterol em até 10%), atividade física (que aumenta HDL) e, caso as medidas anteriores não sejam efetivas, medicação específica.