Após o paciente passar pelas avaliações citadas no post anterior, decide-se qual dos procedimentos será realizado conforme experiência do cirurgião e características do paciente. As técnicas dividem-se em Disabsortivas , que diminuem a absorção dos nutrientes por desviar o trânsito do intestino; Restritivas que diminuem a capacidade do estômago ou mistas, que unem os dois tipos.
# TÉCNICAS RESTRITIVAS: tendem a produzir uma perda de peso gradual, variável e transitória. Entre as utilizadas no Brasil, temos a Banda Gástrica ajustável e o Balão Intragástrico. Produzem efeitos colaterais como vômitos, náuseas, dor abdominal.
# TÉCNICAS DISABSORTIVAS: pouco utilizadas pelo número de complicações, como desnutrição e deficiência de nutrientes. Temos a Derivação Biliopancreática com Gastrectomia Vertical (Duodenal Switch), utilizada em pacientes com obesidade severa (IMC > 50)
# TÉCNICAS MISTAS: Gastroplastia Vertical em Y-de-Roux (Fobi e Capela) é a mais utilizada entre as cirurgias por ser primariamente restritiva e com baixo componente de malabsorção No seguimento de um ano, perde-se 35% do peso inicial.
Derivação Biliopancreática (Scopinaro): mais malabsortiva, seu uso é limitado pelos altos índices de complicações.
Os cuidados pós-cirúrgicos iniciam logo nos primeiros dias, com a dieta priorizando proteínas e hidratação. Após se progride de líquida para pastosa até chegar a sólida. Trabalha-se a reeducação alimentar e o aprendizado, trata-se as possíveis complicações e mantem-se o acompanhamento indefinidamente, com exames laboratoriais e suplemetação dos nutrientes.
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