terça-feira, 21 de junho de 2011

OSTEOPOROSE

   A avaliação da Densidade Mineral Óssea (DMO - massa óssea) deve ser indicada para qualquer indivíduo que apresente algum risco para fraturas: mulheres > 65 anos; mulheres na pós-menopausa com < 65 anos e fatores de risco para osteoporose (citados no post anterior); homens > 70 anos; adultos com doenças associadas a perda de massa óssea.
   Após realizada a Densitometria óssea, o indivíduo é classificado como normal, portador de osteoporese (doença óssea estabelecida) ou osteopenia (em risco de osteoporose).
   Algumas recomendações são importantes para a manutenção de uma saúde óssea adequada:
- Realizar atividade física, especialmente as que exigem força e coordenação;
- Reduzir a ingestão de sódio;
- Aumentar o consumo de frutas e vegetais;
- Manter o peso corporal adequado;
- Evitar o fumo;
- Limitar o consumo de álcool

   Os nutrientes de maior importância para a saúde óssea são o Cálcio e a vitamina D. Outras vitaminas e minerais também são cruciais para os processos que ocorrem nos ossos.
                                        
# Cálcio: a deficiência crônica leva a redução de massa óssea e osteoporose. Estima-se que o nível mínimo da ingestão de Cálcio em adultos seja de aproximadamente 1000 mg/d. As recoemdações nutricionais para a prevenção da osteoporose defendem um consumo adequado principalmente de fontes lácteas. O Cálcio encontrado em alimentos não lácteos está em menor concentração, o que gera dificuldade em se atingir as necessidades diárias. Além disso, a absorção de cálcio é menor na presença de certos alimentos como feijão, espinafre, grãos, nozes e soja.
# Vitamina D: é importante por aumentar a absorção de cálcio no intestino e estimular o crescimento ósseo. A deficiência geralmente ocorre pela exposição solar insuficiente, já que é a pele que a produz pela incidência dos raios solares.

   O tratamento da osteoporese ou osteopenia dever ser realizado pelo médico, com prescrição de Cálcio, vitamina D e medicamentos da classe dos bifosfanados quando necessário. Em indivíduos jovens com baixa ingestão de cálcio, a suplementação deve ser considerada como prevenção da osteoporose.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

NUTROLOGIA E A SAÚDE ÓSSEA

   A massa esquelética aumenta progressivamente com o nosso crescimento, e é durante a adolescência que ocorre o maior acréscimo desta massa, determinante fundamental para a saúde óssea. A idade em que se inicia a perda óssea é incerta, mas estudos indicam que seja a partir  da terceira década de vida.
   Os homens apresentam de 10 a 50% mais massa óssea do que as mulheres e a taxa de perda óssea é baixa, variando de 3 a 5% por década. Isso explica a menor incidência de fraturas masculinas por osteoporose. Já nas mulheres o processo torna-se mais complicado. Antes das menopausa as perdas ósseas são pequenas, semelhantes ao do homem, porém nos períodos pré e pós- menopausa a perda de massa óssea é acelerada.
   A fragilidade óssea está associada a múltiplos fatores de risco, como idade avançada, sexo feminino, baixo peso (< 50 Kg), densidade mineral óssea baixa (vista pela densitometria óssea), menopausa precoce, sedentarismo, tabagismo, consumo de álcool, história familiar, baixa ingestão de cálcio e vitamina D, baixa exposição solar. Além disso o uso de certos medicamentos (lítio, heparina, anticonvulsivantes, corticóides e imunossupressores)e doenças de má-absorção intestinal contribuem para a perda de massa óssea.
   As fraturas e suas complicações são as sequelas clínicas mais importantes da osteoporose, e as mais comuns são as das vértebras (coluna), fêmur proximal (quadril) e antebraço distal (pulso).
   A nutrição é um dos fatores modificáveis mais importantes  para o desenvolvimento e a manutenção desse tecido e também para a prevenção da osteopenia e osteoporose.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Série Exercício Físico e Esporte 3 - HIDRATAÇÃO

   O organismo humano é composto por sais minerais, músculos, ossos, gordura e água. Embora não forneça nenhuma energia, a água é fundamental para manutenção da vida, sendo o principal componente do nosso organismo. Ela representa aproximadamente 60% do peso corporal do indivíduo.
   A maioria dos nutrientes essencias necessita de água para serem utilizados como combustível.
   Nosso organismo perde água através da urina, fezes, suor e respiração. A reposição é feita por meio de alimentos e ingestão de líquidos.
   O estado de hidratação é um fator determinante para a prática de atividades físicas. Desta forma, o conhecimento do estado de hidratação do indivíduo antes, durante e após o exercício torna-se importante para a sua prática constante. A variação do peso corporal  pode ser utilizada para a avaliação do estado de hidratação. A partir da diferença do peso corporal antes e após o exercício é possível calcular o percentual de perda de peso para classificar o estado de hidratação.
   Um dos efeitos mais comuns relacionados ao exercício são o estresse térmico (calor produzido pelo exercício) e a perda hídrica (suor excessivo), que elevam a frequencia cardíaca e dimunuem as funções cardivasculares do atleta. Se nenhum líquido for reposto durante o exercício ocorrerá desidratação, que pode levar a redução da capacidade do pensamento, da capacidade aeróbica e de resistência, além de distúrbios eletrolíticos (desregula o sódio e potássio do organismo). Em casos mais graves pode haver choque térmico, caracterizado por confusão mental, aumento da temperatura (em torno de 40 ° C) evoluindo para óbito.
   A reposição hídrica pode ser feita com água para atividades leves a moderadas ou isotônicos (que contém água, eletrólitos e carboidratos) quando a atividade é superior a 1h ou de alta intensidade.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Série Exercício Físico e Esporte 2 - SUPLEMENTAÇÃO

   A indústria de suplementos é crescente, porém muitos dos suplemetos não apresentam evidências científicas consistentes que confirmem o real benefício de sua prescrição.  

 # MICRONUTRIENTES
   A grande maioria dos praticantes de atividades físicas regulares que seguem uma orientação nutricional balanceada não necessita de suplementação de polivitamínicos. Porém, indivíduos com restrição alimentar (perda de peso, vegetarianismo) podem apresentar algumas deficiências. A prescrição de suplementos deve ser feita por médico, pois doses excessivas podem predispor a toxicidades. O uso de suplementos vitamínicos em indivíduos saudáveis não é capaz de melhorar a capacidade aeróbica, a força muscular ou melhorar o desempenho atlético.

   # CAFEÍNA
   É uma substância estimulante, associada a aumento da atenção e da taxa metabólica. A população em geral consome de 100-300 mg de cafeína/d. O efeito é mais observado instantaneamente e a suplementação diária não parece estar relacionada c/ a melhora do desempenho, além de potencializar efeitos indesejáveis como taquicardia e insônia.

   #CREATINA
   É um dos suplementos capazes de melhorar o desempenho anaeróbico. A suplementação permite que o atleta realize de maneira mais eficaz exercícios de alta intensidade. A recomendação varia conforme o tempo necessário para se atingir os objetivos de ganho de massa magra.
   O efeito adverso mais frequente é o ganho de peso na forma de massa magra.
   Pessoas com problemas renais não devem ser suplementadas.

   # CARNITINA
   Alguns autores sugerem que a carnitina poderia postergar o apareciemnto de fadiga, mas estudos não comprovam melhora do desempenho de resistência ou redução de massa gorda.

   #LEUCINA
   Seu metabólito, o Beta-hidroxi-beta-metilbutirato (HMB) facilitaria o aumento de massa magra, mas estudos recentes não mostram efeitos no desempenho aeróbico ou anaeróbico. Há ainda relatos de toxicidade cardíaca com o seu uso.

   A maioria daqueles que consomem suplementos geralmente desconhece o seu mecanismo de ação, bem como os riscos associados à suplementação excessiva. Assim, a suplementação deve ser feita de maneira cuidadosa e criteriosa, sendo a dieta balanceada de fundamental importância para o desempenho e manutenção da saúde.