sexta-feira, 21 de outubro de 2011

TIPOS DE DIETAS - PARTE 2

   As dietas tipicamente baseadas em princípios científicos são:

# Dietas ricas em gorduras e pobres em carboidratos: caracterizadas por serem compostas de 55-65% de gordura, menos de 20% de carboidratos e 25-30% de proteínas. Estão entre as mais populares, sendo a mais famosa delas a do Dr. Atkins. Adeptos desta prescrição defendem que uma dieta rica em carboidratos deixa o indivíduo menos satisfeito, resultando em mais fome, maior ingestão de carboidrato, maior produção de insulina, aumento do apetite. Estas dietas, ricas em gordura principalmente saturada, também são ricas em proteínas animais e deficientes em vitamina E, vitamina A, tiamina, vitamina B6, folato, magnésio, potássio e fibras. Portanto, requerem suplementação adequada.
   A perda de peso inicial costuma ser mais rápida comparada a outras dietas, mas no final de 1 ano se     equivalem, conforme vários estudos publicados comparando os tipos de dietas.
   Os riscos desta dieta incluem aumento das taxas de colesterol e ácido úrico, risco de cálculos renais        e    doença cardíaca, portanto só deve ser realizada com acompanhamento médico e de nutricionista.

# Dietas balanceadas: compostas por 20-30% de gorduras, 55-60% de carboidratos e 15-20% de proteínas. Muito utilizada nos Vigilantes do Peso. Elas são calculadas para promover um déficit de 500 a 1000 kcal/d, com um mínimo de 1000 a 1200 Kcal/d para mulheres e 1200 a 1400 para homens. O objetivo é permitir a escolha de maior variedade de alimentos, uma adequação nutricional, maior aderência, resultando em perda de peso mais lenta, às vezes pequena, mas sustentada.

# Dietas pobres em gorduras e ricas em carboidratos: são baseadas em vegetais, frutas, grãos integrais, feijão, moderada quantidade de ovos, lacticínios e produtos derivados da soja. As dietas muito pobres em gorduras são deficientes em vitaminas E, B12 e zinco.

# Dietas de Baixíssimas Calorias (Cetogênicas): provém de 400 a 800 Kcal/d e deve conter 0,8 a 1g/Kg do peso ideal por dia de proteínas de boa qualidade e quantidades diárias recomendadas de minerais, vitaminas e ácidos graxos essenciais. Elas são utilizadas durante 4 a 16 semanas e são efetivas para pacientes que não tiveram sucesso com outro tratamento. É necessária intensa supervisão médica, com exames laboratoriais rotineiros, por risco de alteração da função hepática, renal, distúrbios do potássio, aumento de ácido úrico. Também existem contra-indicações ao seu uso.
   Produzem maior perda de peso na fase inicial, mas estudos mostram que em 1 a 2 anos se equivale as mesmas perdas das dietas convencionais.

Gostaria de salientar que inúmeros estudos comprovaram que a quantidade de calorias ingeridas é mais importante do que a composição da dieta para a perda de peso e que a diminuição da pressão arterial, da glicemia e melhora do perfil lipídico podem ser atribuídos muito mais à restrição de energia e à perda de peso do que a composição da dieta - portanto, a adesão ao que foi prescrito é o fator fundamental para se chegar ao objetivo desejado.

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