domingo, 31 de julho de 2011

Alimentação e Qualidade de Vida

Nos preocupamos com a nossa qualidade de vida?
   Devemos compreender que viver com qualidade é saber manter o equilíbrio no dia-a-dia, entre as pressões internas e externas, tornando-se mais consciente de si. O equilíbrio buscado deve ser tanto físico quanto psicológico, cultural e econômico. 
   Não há dúvida de que este equilíbrio interfere na saúde, que está intimamente ligada à dieta e aos hábitos alimentares. Maus hábitos influenciam nossa saúde, reduzem a vitalidade e a energia.
   Para mudar hábitos, deve-se deixar de lado as inúmeras desculpas. Não é fácil mudar costumes herdados e guardados na nossa memória; entretanto é necessária a conscientização e a ação para incorporar, diariamente, novos hábitos alimentares e de vida!
   A principal desculpa dos tempos modernos é a falta de tempo! Nessa eterna luta contra o tempo que não queremos perder, desgatamos nossas relações interpessoais e a alimentação fica em último plano, recorrendo a lanches, salgados e refrigerantes. Comer rapidamente não permite que a mastigação seja feita corretamente, maior quantidade de ar é deglutido e juntos, prejudicam a digestão e absorção dos nutrientes.
   O tempo deve ser organizado de modo que se possa fazer uma alimentação equilibrada em qualidade e quantidade, mesmo na forma de lanches:
# Prefira lanches naturais sem gordura - assados, sem queijos gordurosos (cheddar, catupiry) ou maionese;
#Para beber, prefira sucos naturais, vitaminas ou iogurtes;
#Barras de cereais sem adição de chocolate são opções fáceis de carregar
   Além disso, caminhe mais nas suas atividades diárias, pegue o ônibus na próxima parada, estacione o carro mais longe, troque o elevador pela escada...a mudança de hábitos na busca de melhor qualidade de vida começa de forma lenta e nas pequenas coisas, basta querer!

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Cirurgia Bariátrica - Tipos de procedimentos

   Após o paciente passar pelas avaliações citadas no post anterior, decide-se qual dos procedimentos será realizado conforme experiência do cirurgião e características do paciente. As técnicas dividem-se em Disabsortivas , que diminuem a absorção dos nutrientes por desviar o trânsito do intestino; Restritivas que diminuem a capacidade do estômago ou mistas, que unem os dois tipos.

# TÉCNICAS RESTRITIVAS: tendem a produzir uma perda de peso gradual, variável e transitória. Entre as utilizadas no Brasil, temos a Banda Gástrica ajustável e o Balão Intragástrico. Produzem efeitos colaterais como vômitos, náuseas, dor abdominal.


# TÉCNICAS DISABSORTIVAS: pouco utilizadas pelo número de complicações, como desnutrição e deficiência de nutrientes. Temos a Derivação Biliopancreática com Gastrectomia Vertical (Duodenal Switch), utilizada em pacientes com obesidade severa (IMC > 50)



# TÉCNICAS MISTAS: Gastroplastia Vertical em Y-de-Roux (Fobi e Capela) é a mais utilizada entre as cirurgias por ser primariamente restritiva e com baixo componente de malabsorção No seguimento de um ano, perde-se 35% do peso inicial.
                                     Derivação Biliopancreática (Scopinaro): mais malabsortiva, seu uso é limitado pelos altos índices de complicações.



   Os cuidados pós-cirúrgicos iniciam logo nos primeiros dias, com a dieta priorizando proteínas e hidratação. Após se progride de líquida para pastosa até chegar a sólida. Trabalha-se a reeducação alimentar e o aprendizado, trata-se as possíveis complicações e mantem-se o acompanhamento indefinidamente, com exames laboratoriais e suplemetação dos nutrientes.

domingo, 3 de julho de 2011

Cirurgia Bariátrica - Introdução

   A Cirurgia da Obesidade, como é conhecida a Cirurgia Bariátrica, é indicada aos pacientes obesos grau 3 (IMC >40) ou obesos grau 2 (IMC > 35) com doenças relacionadas à obesidade, como DM2, HAS, dislipidemia. O candidato à cirurgia deve ter um histórico comprovado de acompanhamento médico e nutricional com tentativa de perda de peso há pelo menos 2 anos e passar por várias avaliações. Estas avaliações incluem: nutricional (para verificar carências de nutrientes e maus hábitos alimentares), psicológica (detectar depressão, abuso de álcool ou drogas, psicose - que contra - indicam a cirurgia), cardiológica, endocrinológica (compensar diabetes ou doenças da tireóide), ginecológica (excluir gravidez); além de exames específicos como endoscopia digestiva, eletrocardiograma, RX de tórax, etc.
   O paciente deve ter plena conciência que seu acompanhamento pós-cirurgia deve ser para toda vida, com apoio e compreensão familiar também, isso porque riscos de complicações, desnutrição e deficiência de nutrientes podem ocorrer ao longo dos anos.
   O risco de morte da cirurgia é relativamente baixo, em torno de 1%, mas o índice de efeitos adversos é de 20%, com vômitos, náuseas, dores abdominais, entre outros.
   Dependendo do procedimento realizado, espera-se uma determinada perda de peso e um cuidado específico.
   No próximo post falarei dos tipos de procedimentos.