segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Glúten...comer ou não comer?

Entrevista cedida para Gazeta Regional de Montenegro e região em setembro/2014.

No programa Globo Repórter, apresentado na última sexta-feira, falou-se muito 

a respeito do glúten.  Teríamos duas perguntas:

Gazeta Regional: Existem pesquisas científicas que relacionem o glúten ao aumento 

de peso ou que indiquem que essa proteína seja ruim para o nosso organismo (com 

exceção da Doença Celíaca)?

Atualmente temos muitas pesquisas relacionando uma sensibilidade maior ao 

glúten, não necessariamente sendo doença celíaca. Esta sensibilidade seria 

responsável por sintomas de flatulência, cólicas, desconforto abdominal, alteração 

do hábito do intestino, mas sem a gravidade da má absorção ou risco de câncer 

como ocorre na doença celíaca.

A sensibilidade ao glúten não está relacionada com ganho de peso, e alguns 

autores inclusive questionam se esta sensibilidade realmente seria apenas ao 

glúten ou se estenderia a outros compostos fermentedores presentes no trigo e em 

alimentos como a banana e beterraba.


Gazeta Regional: Foi mostrado o caso e um empresário que cortou o glúten da 

dieta e perdeu 23 quilos em um ano. O que leva à redução de peso: a diminuição 

da ingestão desta proteína ou a redução da ingestão do amido presente no trigo e 

outros grãos?

O indivíduo que necessita realizar uma dieta sem glúten pela Doença Celíaca ou por uma 

sensibilidade ao glúten precisa restringir sua alimentação de uma forma bem importante, 

como pães, pizzas, massas, fast-food, que, infelizmente, fazem parte dos maus hábitos dos 

brasileiros. Nos últimos 40 anos aumentamos o consumo de açúcar em 91% e o de biscoitos 

em 207%, em comparação diminuímos ao longo deste período o consumo de ovos em 46% e 

do feijão em 30%.

Entende-se perfeitamente, que ao realizar uma dieta sem glúten e se retirando trigo, aveia, 

malte (cerveja), achocolatados prontos, patês, embutidos ,temperos industrializados que 

possam conter glúten por contaminação, o paciente opte por inserir mais leite/derivados, 

frutas, verduras, carne, temperos naturais, contribuindo para o emagrecimento.

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